Hoje, 30 de janeiro, é celebrado o Dia da Saudade, data que nos faz relembrar os amigos PRFs que faleceram. Para homenagear nossos saudosos policiais, trazemos aqui relatos de familiares e amigos dos PRFs que partiram em 2020 e também neste início de 2021. Lembranças que vão além das atividades na Polícia Rodoviária Federal. O pai, o amigo, a esposa, as lembranças e os ensinamentos que cada um deles deixaram.
PRF Felipe Louback
Natural de Nova Friburgo, pai do Pedro, do Rodrigo e do Rafael, marido da Carol. Engenheiro mecânico de formação, professor de matemática. Uma pessoa que sempre foi muito querida por todos, com um número enorme de alunos e de amigos. “Entrar na PRF foi um sonho de Felipe que ele conseguiu realizar”, afirma o grande amigo, Emerson Freitas.
“Nos conhecemos na escola quando eu tinha cerca de 8 anos. Construímos uma amizade, nos tornamos compadres e dividimos a responsabilidade de criação dos nossos filhos. O que poucas pessoas sabem é que o Felipe era jipeiro. Em 2008 viajamos pela Argentina, Chile, Bolívia, fomos até o deserto do Atacama. Compartilhamos essas aventuras e corremos rally juntos. Ele era sensato, tranquilo, organizado, um ponto de equilíbrio entre todos nós. Tinha um grande amor pela família”, destaca ele.
Pedro Heitor, o filho mais velho de Felipe, de 14 anos, fez questão de deixar seu depoimento sobre o pai: “Ele era muito mais do que um pai para mim, era um amigo, alguém que sempre se preocupou com o bem de todo o mundo e, por isso, vai deixar muita saudade. Mas essa é apenas uma breve homenagem, porque palavras não cabem para agradecer o quanto ele fez por mim e pela nossa família”, escreveu.
Felipe faleceu no dia 07 de janeiro de 2021, após alguns dias hospitalizado depois de ser atingido por um disparo acidental.
PRF Carolina Elizabeth Kampf Trunci
A esposa, Thays Sanchez, destaca o privilégio de conviver com a PRF Carolina por 8 anos. “A Kalu, apelido de infância, tinha uma personalidade ímpar, era carinhosa, serena e imensamente educada. Ela se formou na academia da PRF e eu em Medicina. Sonhamos grande e nos apoiamos muito. Ela sempre se mostrou uma mulher guerreira, com uma vontade de viver cativante, lutou por seus objetivos, foi muito centrada, séria e confiante”, afirma.
Para Thays, dentre os inúmeros ensinamentos deixados, um legado de honestidade, humanidade e generosidade será para sempre lembrado: “A Kalu viveu em função do próximo, sempre disposta a ajudar. Era leal com os amigos e, certamente, a família era seu porto seguro”.
Como PRF, Carolina se realizou, sempre atuou com a vontade e a certeza de fazer a diferença na vida dos usuários. “Afirmo com propriedade que foi na PRF que ela viveu os seus ‘anos dourados’ como profissional, tinha um orgulho enorme de ser policial e de fazer parte da família PRF. Detentora de uma fé inabalável, antes de sair para trabalhar lia a Bíblia e assim seu plantão estava à salvo”, destaca.
A PRF Carolina faleceu no dia 01 de janeiro de 2021, vítima de um câncer.
PRF José Forner
Tratar com respeito e educação todas as pessoas, ser sempre honesto, justo e nunca tirar vantagem. Para Rafael, esse foi o principal ensinamento deixado pelo pai, o PRF Forner. Além disso, ele sempre enfatizava os estudos e a dignidade no trabalho e na família. “E acima de tudo, ter fé em Deus”, completa o filho.
“A prioridade da vida dele foi os filhos, com quem sempre teve muito amor e apreço. Um grande pai, protetor, preocupado com o bem-estar de todos. Nunca mediu esforços para garantir que nada faltasse para nós e sempre se orgulhava, desde os menores feitos até as grandes conquistas de seus filhos”, destaca Rafael.
O orgulho de ser PRF também era algo evidente no Forner. “Ele inclusive adiou a aposentadoria, pois não queria parar de trabalhar. Guardava nas prateleiras miniaturas das viaturas, tinha como lembrança várias versões diferentes de uniformes, camisetas, e adornos da corporação. Mesmo depois de aposentado, sempre participava ativamente dos eventos, reuniões, grupos no Whatsapp e, mesmo sem poder jogar, participou de quase todos os Jogos de Integração da PRF, sempre na torcida. Depois da família e da igreja, a Polícia Rodoviária Federal era a parte mais importante da vida dele”, conta o filho.
O PRF Forner faleceu no dia 23/01/2021, vítima de um câncer.
PRF Clemente Kutianski
“Meu pai tinha muito orgulho de ser PRF. Cuidava com muito carinho do veraneio que fica no Espaço Histórico e sempre participava dos desfiles. A polícia era a vida dele”, relata o filho Iuri.
Para ele, o maior ensinamento deixado pelo saudoso Kutianski é sempre colocar a família em primeiro lugar: “Ele sempre dizia, sem família não somos nada. Foi um homem honesto, correto e íntegro. Viveu a vida com muita simplicidade e tudo o que fazia era sempre com muito amor. Ele se foi, mas nossa família e o amor que sentimos simboliza tudo o que ele representa nas nossas vidas. O alicerce da nossa família”, afirma emocionado.
O PRF Kutianski faleceu no dia 10/01/2020, vítima de um câncer.
PRF Wilson Luiz Joay
Dedicado, atencioso e companheiro. É assim que a esposa Inês define o PRF Joay. “Ele estava sempre presente quando eu precisava dele. Ensinou os filhos a serem responsáveis e deixou um vazio enorme”, afirma.
A lembrança que a filha Gabriela tem do pai também é muito positiva: “Uma pessoa muito dedicada, que se esforçava muito para prover o melhor para a família. Muito divertido, sempre fazendo piadas e ajudando as pessoas. Respeito e responsabilidade com as obrigações profissionais e pessoais são os maiores ensinamentos que ele deixou”, garante ela.
Elas são enfáticas ao falar sobre a paixão de Joay pela PRF. “Era o sonho dele, desde a infância. Ele queria ser policial do boné branco e essa foi a grande realização”, afirma Inês. “Meu pai amava a PRF, sempre com um sorriso e orgulho de dizer que era policial”, completa Gabriela.
O PRF Joay faleceu no dia 01/06/2020, vítima de um câncer.
PRF Mauri José Stocco Carneiro
“Meu pai era uma pessoa muito alegre, amigo para todas as horas, tinha um coração imenso e generoso, ajudava quem quer que fosse sem pedir nada em troca. Amava os filhos, noras, netos e netas e buscava sempre estar presente. Gostava de festas em família, de fazer churrasco e arroz carreteiro, que só ele sabia como deixar tão delicioso”, relata o filho, Fernando.
Ele lembra que o pai nunca esquecia aniversários e datas importantes e, no mínimo, telefonava para dar os parabéns. “Era muito amado por todos nós, mas principalmente pelas netas com quem tinha uma relação de muito carinho”.
O amor também era evidente pela PRF, sempre contando histórias empolgantes sobre as aventuras que viveu nos plantões policiais, lembranças que ele recordava com muito orgulho com um sorriso no rosto.
O PRF Stocco faleceu no dia 10/07/2020, vítima de um homicídio.
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Aos familiares e amigos dos PRFs falecidos nosso respeito e nossos votos de pesar. A dor e a saudade são inevitáveis, mas a certeza da missão cumprida, as lembranças e o amor que fica são o conforto necessário.