Carnaval e a Saúde Mental

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Uma das datas comemorativas mais esperadas pelos brasileiros se aproxima. Os veículos de comunicação já fazem anúncios e propagandas acerca da programação. Este é o ano que marca definitivamente a volta da folia depois de dois carnavais sem festa pelo Brasil. A expectativa é grande, especialmente depois de uma série de acontecimentos que marcaram a vida das pessoas, como eleições, resquícios da pandemia de Covid-19 e crise econômica.

Embora seja um dos feriados mais longos do ano, há quem goste do Carnaval e há quem critique. Mas quais são os impactos sobre a saúde mental? Segundo Milene Rosenthal, psicóloga e cofundadora da Telavita, clínica digital de saúde mental, a data costuma ser uma válvula de escape. Para muitos, esse é o momento de aproveitar para relaxar ou extravasar. Afinal, quem não gosta de festejar o Carnaval, aproveitar para viajar, apreciar lugares com natureza ou mesmo relaxar em casa. É uma forma de ganhar energia para o que está por vir durante o restante do ano. Diminuir o ritmo por alguns dias só tem a agregar. Milene ressalta ainda que “quando descansamos e nos desconectamos, nosso rendimento em seguida melhora. É uma forma de renovação”.

Fisicamente, o Carnaval pode trazer vários benefícios para a saúde, já que a atividade física e atividades de lazer ajudam a reduzir o cortisol, diminui o estresse e produz prazer ao estimular o cérebro com neurotransmissores, como a dopamina. Uma característica muito marcante dessa festividade é a fantasia. Mas por que será que as pessoas gostam tanto de incorporar personagens e de ser uma versão diferente de si mesmo durante essa época do ano?

O Carnaval é uma época lúdica. É um momento em que muitas pessoas acabam por ‘passar por cima’ de certas convenções sociais. Durante esses dias de festejo, as pessoas desfrutam de seus corpos livres e de momentos de liberdade moral. Assim, vestir uma fantasia ou até mesmo colocar uma máscara permite certa desinibição e liberdade em experimentar novas sensações, de sair da rotina para entrar em uma realidade diferente da que lhe foi imposta pela sociedade ou pela vida adulta. Os festejos carnavalescos são um grande “faz de conta”, onde é possível – de forma bem-humorada – colocar-se no papel do outro, criticar problemas políticos e sociais ou até mesmo ser um personagem da história ou da ficção que admiramos.

Essa celebração também faz com as pessoas saiam mais de seus lares, proporcionando maior interação social: grupos de amigos se juntam para “brincar carnaval”, indo a bailes, blocos de ruas e desfiles. Esses momentos de alegria fazem com que algumas pessoas sintam mais vontade de testar seus limites, seja na busca de parceiros sexuais, seja no consumo de bebidas alcoólicas ou outras drogas. Buscar novas experiências pode não ser nada preocupante, mas os excessos podem e devem ser um ponto de atenção. Quando a fantasia ou personagem que incorporamos fere a nossa essência quanto indivíduo ou quando ela excede o espaço (corporal ou moral) do outro, a brincadeira perde a graça e pode se tornar um problema sério. Muitas vezes, passar dos limites pode  levar a vícios perigos e tornar-se uma experiência traumatizante, e que pode prejudicar a saúde mental das pessoas. É preciso aprender a respeitar o espaço coletivo e os próprios limites.


“Tudo tem limite, até as brincadeiras.”


Psicóloga Viviane Genovezzi Salatiel

CRP 08/15815

Credenciada PRF

WhastaApp (41) 99641-9946


Especialista em Saúde Mental

Especialista em Terapia Familiar

Especialista em Saúde da Família

Practitioner em PNL

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