O SinPRF-PR vem, por meio desta nota, manifestar a preocupação e discordância com a postura adotada pela Administração da PRF em recentes reuniões virtuais com o efetivo das delegacias do Paraná.
Nas referidas reuniões, tem se tocado, dentro da temática da Reorganização das Unidades Operacionais, na necessidade de desativação e transformação de Unidades Operacionais (UOPs) em Unidades de Apoio (UAPs). Contudo, as experiências recentes têm demonstrado que esse efetivo das unidades que foram transformadas em UAPs não refletiram em maior apoio para equipes da escala ordinária das UOPs ativas, mas sim que esse efetivo foi pulverizado, seja em convocações, seja em equipes diversas.
O SinPRF-PR reconhece a importância das equipes especializadas para o atendimento das demandas da PRF e da sociedade, mas reforça que é fundamental que o gestor possua o bom senso de compreender o limite logístico e, principalmente, de pessoal. As ações devem levar em consideração o quesito humano, sem onerar ainda mais o já diminuto efetivo.
Entendemos ainda que há um completo desvirtuamento do uso da ferramenta da Indenização da Flexibilização Voluntária do Repouso Remunerado (IFR). Está em claro desacordo com o previsto na legislação e com o Regulamento R-005/PRF. A gigante desproporção demonstra a inequívoca pessoalidade na aplicação do recurso, quando a legislação exige a impessoalidade.
O visível direcionamento, que se tornou uma prática constante no estado, afronta os § 2º e 3º do Artigo 12 do R-005/PRF. Todos os PRFs possuem condições de participar de ações de combate ao crime, pois fazem isso diariamente nas escalas ordinárias. Apenas é justificável o direcionamento em situações excepcionalíssimas, como o exemplo de cumprimento de mandados ou operações nas quais, sem capacitação específica, não seria possível realizar a atividade.
Nenhum planejamento operacional será útil se não houver a aproximação de quem planejou com os responsáveis pela execução. A necessidade de se ter um conhecimento mais íntimo e local com a atividade-fim, e com aquele que está na escala de serviço, é fundamental para o alcance das metas e o consequente sucesso do que foi planejado.
Nunca é tarde para relembrar que nossa carreira é única. O excesso de centralização e o autoritarismo jamais fizeram parte da nossa instituição. Acreditamos que, com mais diálogo e menos definições centralizadoras e inflexíveis, seremos capazes de construir soluções que, ao mesmo tempo, ofereçam maior efetividade à sociedade e valorizem quem de fato constrói a história da PRF: O POLICIAL!