Hoje, a Segurança Pública amanheceu em luto.
A PEC 186/2019 foi aprovada no Senado Federal e nós, os policiais, fomos ignorados com a posição CONTRÁRIA do Governo na votação do Destaque 749 do PODEMOS, que buscava a aprovação da Emenda nº 175, que retirava os policiais da PEC.
Na Câmara, havia uma esperança de que o cenário mudasse, que não houvesse o risco de congelamento de salário dos policiais, mas não foi isso que aconteceu.
O Presidente Bolsonaro, maciçamente apoiado nas eleições de 2018 pela classe policial do Brasil, sinalizou que iria orientar a sua base na Câmara a retirar os policiais dessa triste situação.
Porém, não foi o que vimos. Inclusive seu filho, Eduardo Bolsonaro, que é policial federal e também deputado federal, votou contrário aos seus pares, mantendo o congelamento dos salários dos policiais.
Importante lembrar que os salários (incluindo progressões e promoções) poderão ser congelados em caso de decretação de calamidade pública ou quando a União ou os entes federativos gastarem mais de 95% das receitas com as despesas correntes até 2036.
Em resumo, a “valorização” do Presidente Bolsonaro para os policiais se resume num congelamento salarial de 15 anos.
No Brasil, quem arrisca a vida pela sociedade não tem valor. Já o judiciário, o Ministério Público, membros do TCU e a classe política ficaram de fora da emenda.
O grupo que ganha, no serviço público, salário além do teto constitucional, formado por muitos que recebem mais que 100 mil reais por mês de salário, ficou de fora da PEC.
Já quem arrisca a vida se ferra. Esse Brasil está uma vergonha.
Isso é o que ganhamos por apoiar maciçamente o Presidente Bolsonaro.
Enquanto isso, o Ministro Paulo Guedes, a serviço das grandes fortunas e dos bancos, dando risada quando coloca granadas no bolso de quem arisca a vida pela população.